A Associação de Imprensa Esportiva Internacional (AIPS, pelo nome original em francês) completa, neste dia 2 de julho, 100 anos. A data, igualmente, marca a passagem do Dia Internacional do Cronista Esportivo, em homenagem ao nascimento da reconhecida entidade.
Por curiosidade, a entidade que congrega jornalistas esportivos de todo o mundo surgiu durante os Jogos Olímpicos de Paris, em 1924 – e este ano, o maior evento esportivo do planeta está retornando à Cidade Luz.
Se, há um século, os fundadores puderam reunir-se num ringue de boxe para a foto histórica da criação, hoje a AIPS promove um prêmio anual que, em sua última edição, teve mais de 1.800 inscrições, envolvendo jornalistas de mais de 140 países.
O Esporte (e aqui faço questão de não citar apenas o futebol) é um grande fenômeno social. E não é de hoje: voltando ao exemplo olímpico, durante o período dos Jogos as guerras eram interrompidas.
A quantidade de pessoas envolvidas em uma Copa do Mundo ou em uma Olimpíada é tão grande que, a cada dia, fica mais difícil conseguir que essas grandes competições sejam realizadas em apenas uma cidade, um país.
Os Jogos de Paris terão competições na Polinésia Francesa; a próxima Copa do Mundo será em três países (Canadá, Estados Unidos e México); a de 2030, começará com jogos na América do Sul e terminará na Espanha, Marrocos e Portugal…
E qual a importância de uma entidade como a AIPS?
Por mais que, hoje, estes grandes eventos esportivos tenham abandonado um pouco a questão puramente esportiva, assumindo o lado “evento” (perdoem a redundância), é a AIPS, por exemplo, que consegue, com sua atuação em todo o planeta, que algumas facilidades sejam disponibilizadas para os jornalistas – e quem defenda a profissão contra ataques vindos lá sabe-se de onde.
Em recente torneio de futebol realizado na África, aconteceram problemas com influencers que usavam a zona mista para fazer suas selfies, prejudicando o trabalho dos verdadeiros jornalistas. Felizmente, os dirigentes esportivos daquele continente se mostraram alertas e partiram para a solução do problema.
Não se pense, porém, que a atuação da AIPS é um jardim de flores perfumadas. Algumas federações esportivas, algumas entidades continentais (e até mesmo nacionais), até para não acabarem se antipatizando com organizadores e detentores de direitos de transmissão (uma das maiores fontes de receita de competições), por vezes preferem ignorar as solicitações – mas se nós, jornalistas esportivos, mantivermos uma entidade forte e representativa, sua voz será cada vez mais ouvida.
Neste aniversário de 100 anos, a AIPS tem como presidente o italiano Gianni Merlo, eleito pela primeira vez em 2005 e reeleito sucessivamente em 2009, 2013, 2017 e 2022 (o quarto mandato acabou prorrogado por um ano por causa da pandemia).
Sua diretoria (Comitê Executivo) reúne membros de 13 países e os presidentes das seções continentais (África, Américas, Ásia e Europa) têm lugar como vice-presidentes. O mundo inteiro está representado.
A ACESC oficiou hoje o presidente da AIPS, Gianni Merlo, cumprimentando-o pela significativa data, bem como ao representante brasileiro, membro do Comitê Executivo daquela entidade internacional, o jornalista Vicente Dáttoli.
Crédito: Vicente Dáttoli Membro do Comitê Executivo da AIPS
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